terça-feira, fevereiro 13, 2007

Poesia do Bêbado Roubado

Poesia escrita pela minha pessoa devidamente embriagada, logo mal rimada e meio sem sentido (não que minha embriaguez sirva de desculpa para o fato de eu provavelmente ser um poeta ruim mesmo). Esta obra prima da poesia brasileira foi escrita pela minha pessoa entre 6 e 7 da manhã do último quintão de sexta (provavelmente último mesmo).

Poesia do Bêbado Roubado


Ladrão estranho
Qual não é?
Qual que no sinal de perigo
não dá no pé?

Abre o para brisa
Tudo que é meu alisa
mas na pressa vivida
não teme pela própria?

pra que correr?
se ninguém espreita?
procura no porta luva
procura no porta mala.
mas na saída não porta nada.

Ladrão aguniado
como diz o bom amazonês.
procurou no meu carro
porque não no de outro freguês?

Por que o meu não tem alarme?
Por que o meu é de burguês?
Tantos outros haviam
Mas era a minha vez

O que levaria desta vez?
procurou no porta luvas
ignorou todos os CDs
tentou levar o rádio
Mas não era desta vez

Aproveitando de nossa embriaguez
foi lá e tchaks
arranca tudo
deixou sem borracha
procura tudo
rouba nada

Meu carro era seguro
como faria para entrar?
o para brisa arrancar
para assim poder entrar
me parecia muito obscuro

Menos mal o que me aconteceu
pela aguniadice do safado
que ao entrar no meu carro
ao agir, tão aguniado
O que de valor não percebeu

Levou meu tenis de malhar
Meu, que nem gostava de ir lá.
só esperava uma desculpa
Para relaxar
e assim, "sedentariar"

Que poeta medíocre
inventa palavras para rimar?
Só aquele que bebado,
tenta um roubo justificar
e usa rimas pobres
para não entregar
seu estado etílico
que o deixa tão prolífico
enquanto não tem o que falar

Porém quando menos esperava
que surpresa!
meu carro assobiava.
era o vento que batia
no limpador de para brisa

Que para brisa ele limpava?
Pois por isso assobiava

Na volta à casa
na vida pensava
e via que poético era
ouvir tal barulho
e que no escuro

em tal estado sereno
apenas porque o ladrão
figura danosa
até mesmo odiosa
em sua aguniação

Não me causou maior danos
viu muitos panos
mas na hora decisiva
com medo dos donos
levou apenas os tenis de corrida

Interessante correr
com o vento batendo
forte revigorante
direto nas ventas
mas mesmo assim
acabarei colando
o para brisas no chassis

3 comentários:

Gaúcho disse...

Nesse ritmo em pouco tempo sai o CD do ADL.
E sobre o quintão? Como fica? Volta pra quinta mesmo?

Bobinho disse...

Êta que poesia e cachaça nunca mataram um homem! O que mata um homem é a vontade de não viver a vida por medo de ser morto por ela!

Viva a poesia etílica destilada! :D

Theo disse...

KRALHO!!!!
Bem que o grande Aro dizia que esse menino era um prodígio!!!

Meus pêsames por ter sido roubado... sei duplamente bem como é :-P