terça-feira, outubro 30, 2007

Brazil World Cup [2014]


"Isso mesmo chefe. Eu gostaria de tirar minhas férias em Julho de 2014."

sexta-feira, outubro 19, 2007

Nação Zumbi - Fome de Tudo [2007]

Os caras continuam fodões demais. Tudo bem que eu sou suspeito pra falar, mas isso é música brasileira de primeira qualidade. Dá-lhe, Nação!!!!

Chico Science e a Nação Zumbi foi a ponta de lança do Manguebeat que marcou a década de 90, mas teve sua trajetória original abortada pelo acidente que matou Chico em 1997. Ela foi ponta de lança de um movimnto musical pernambucano que se apresentou ao Brasil com o manifesto Caranguejos com cérebro da autoria do jornalista Renato L e do líder do grupo mundo livre s/a Fred Zero Quatro. Conectar a estética do Mangua com os bits dos computadores foi o caminho apontado mpara conciliar cultura cheia de arraigamentos com a tecnologia avançada e, ao mesmo tempo, introduzir o caranguejo como uma espécie de vírus anti-pasteurização no pop rock mundial.

Sem Chico, Jorge du Peixe trocou sua postura discreta de percussionista pelo centro do palco, honrando o legado de seu amigo de infância e mantendo a estatura da Nação Zumbi com o auxílio de Lucio Maia e dos tambores de Pupilo, Toca Ogam, Gilmar Bola 8 e Marquinhos. Desde então a banda só vem crescendo em importância, respeitada no Brasil e no exterior. Neste final de semana eles se apresentaram com os Paralamas do Sucesso no festival Ceará Music, num encontro que já rolou noutras vezes, incluindo numa turnê européia conjunta em 1996, ainda com Chico.

O sétimo disco da Nação Zumbi, "Fome de tudo" sai este mês pela gravadora Deckdisc com 12 faixas inéditas compostas pela própria banda com produção de Mario Caldato (Beastie Boys, Super Furry Animals, Planet Hemp, Marcelo D2). A primeira música de trabalho, "Bossa Nostra", mantém a característica power de combinar a guitarra com os tambores, muitos efeitos eletrônicos e versos que falam em levar a alma para passear e mais: Cada cor tem o seu cheiro/ Cada hora lança sua dor/ E dessa insustentável leveza de ser/ Eu gosto mesmo é de vida real."

Nação Zumbi - FOME DE TUDO [2007]
*link alternativo: http://rapidshare.com/files/63545796/NZ-Fome_de_Tudo__2007_.rar

1 - Bossa Nostra
2 - Infeste
3 - Carnaval
4 - Inferno (part. esp.: Céu)
5 - Nascedouro
6 - Onde Tenho Que Ir
7 - Assustado (part. esp.: Money Mark)
8 - Fome de Tudo
9 - Toda Surdez Será Castigada (part. esp.: Junio Barreto)
10 - A Culpa
11 - Originais do Sonho
12 - No Olimpo

fonte: http://sombarato.blogspot.com


Chila, relê, domilindróóóó....

Música e/é poesia

Esse é um disco que já tive a oportunidade de apresentar ao amigo Bobinho. Ele estava lá entre as minhas mp3's mas num lapso acidental acabei os deletando do meu PC. Essa semana reencontrei o album nos blogs que visito e fiquei muito feliz. Trata-se de "Mula Manca e a Triste Figura",mais uma banda da cena pernambucana, e seu disco de estréia chama-se "O Circo da Solidão"[2004].
"O Circo da Solidão" narra a história de um circo que chega a uma cidade nova. As músicas são as atrações. De forte influência literária, com direito a inserções do escritor Raimundo Carrero e enxertos de livros, o disco é completamente independente.

1. Prefácio
2. Introdução
3. Carnaval
4. Ireny
5. Ratos adestrados
6. 1 minuto antes da palhaçada*
7. O palhaço e a bailarina
8. Vira-lata
9. O público
10. Panfletos de intervalo
11. El quixote
12. Arrebata tudo
13. Ainda sou louco o bastante pra rir
14. É tão difícil mudar de nota
15. Do jeito que vem, o circo vai

[DOWNLOAD]

*1 Minuto Antes da Palhaçada

Entre uma tábua e outra,
mirava à esperança a dança do amor
passava um braço, finhava a perna
e ficava a leveza que fazia despencar a imensa e esburacada lona do circo
para no próximo ato montar tudo de novo e voltar a sentir
Era assim que era a vida dia após dia.
Guardava em um lugar seguro as piadas mais sarcásticas,
as quedas mais mirabolantes
e nas escrupulosas feições escrevia a fantástica história do palhaço
uma alma no minimo... no minimo engraçada
que vontade de rir...
(risadas)

Recentemente eles mudaram de nome e lançaram um novo disco. Mudaram de nome mas os músicos são os mesmos. Eles disseram que ocorreram muitas mudanças desde o primeiro disco e que, portanto, eles eram uma nova banda agora chamada "Mula Manca e a Fabulosa Figura". O segundo álbum é intitulado "Amor e Pastel"[2007].
"Amor e Pastel" aborda o cotidiano de um casal: a saudade, a paixão, o afeto, a raiva, a solidão, o fim. A serenidade com que a vida chega e parte. As canções ora ganham um tom dor de cotovelo, tão típico da cultura brasileira, ora ironizam o épico humano em torno do amor. Sempre que dói, sara. E quando sangra, brinca-se com a insustentável leveza da dor. É o dia-a-dia, o habitual, a rotina. O quarteto, formado por violão, guitarra, piano e percussão, gravou boa parte do disco ao vivo. Amor e Pastel contou com a participação de vários músicos pernambucanos como Junior Areia (contrabaixo) e Públius (bandolin), além da paraibana Eleonora Falcone (voz). Se perguntada quanto à sonoridade do disco, MulaManca e a Fabulosa Figura gosta da música popular brasileira. O disco deve ter saído lá um misto de tudo: das predileções ao samba, bossa e jazz, do que se lê nos jornais, do que se sente, da necessidade de ganhar dinheiro, das putas do centro, das carrocinhas de cd pirata gritando incansavelmente o brega.

1. Se Lavo Lavú
2. Blond Girl
3. Outro Par
4. Dinheiro
5. Loteria
6. Escravo
7. Fórmula 1
8. Aquela Rosa (Cecília)
9. Deita Aqui
10. Animal
11. Terra, Água e Sal
12. Paletó
13. Varanda
14. Pé no Chão
15. Arrepio

[DOWNLOAD]

Mula Manca e a * Figura é:
Tibério Azul – Voz e violão
Castor Luiz – Piano e voz
Dom Angelo – Guitarra, violão e voz
Bruno Cupim – Bateria e percussão

Mais informações:
http://www.mulamanca.com
http://sombarato.blogspot.com

quarta-feira, outubro 10, 2007

Se sua mulher anda gemendo alto feito as atrizes...

Olhem o que escreveu um dos cronistas que mais admiro sobre os orgasmos ensurdecedores proferidos por nossas mulheres a beira da cama:

"A ASMA DO AMOR

Amigas, não há mais dúvidas: quanto mais beira o verossímil, com gritos lancinantes na noite, como assimilamos do cinema, mais fingido é o tal do orgasmo. Nunca é condizente com a nossa performance e suor. Os melhores e mais recompensadores orgasmos guardam o bom preceito da educação dos gemidos.

Por mais megalomaníaco que seja Vossa Senhoria, recomendo que não acredite naquelas algazarras, feiras amorosas, sacolões do sexo, capazes de fazer os vizinhos pularem da cama só de inveja. Aquela gritaria toda, meu caro, só vale para provocar um problema dos mais graves. Deixará o casal que mora do outro lado da parede em pé de guerra, uma vez que a mulher, atenta à lição de gozo comparado, vai exigir mais, muito mais, mais e mais, e mais um pouquinho ainda, do seu colega de prédio ou de rua. E o pior é que os gritos lancinantes só costumam ocorrer quando o gozo não passa de teatro, puro teatro, falsidade ensaiada, estudiado simulacro, como canta a deusa La Lupe.

O gozo desesperado costuma ter origens variadas (falar nisso, por que ninguém cita mais W. Reich, meu ídolo da lira dos 20 anos?!). O gozo desesperado, falava eu, costuma ser resultado de algum curso mais digerido de teatro amador, formação em escola com viés jesuítica, leitura errada dos Actors Stúdio, dietas à base de alcachofra, audiências tardias das onomatopéias do Led Zeppelin ou falta de homem propriamente dita.

As melhores gazelas educam cedo os gemidos. Em vez de gritos que parecem mais apropriados para momentos de sequestro-relâmpago, a boa moça sussurra e balbucia safadezas no cangote do amado. Mais vale um dos 3.000 verbetes catalogados no Dicionário do Palavrão, do mestre pernambucano Mário Souto Maior, do que os decibéis selvagens.

As melhores não se desesperam. Já imaginou Ava Gardner em desespero? Nem com Frank Sinatra, a quem enlouqueceu todos os sentidos. E não me venha dizer que isso seja frigidez, frescura ou algo da linha cool.

Uma coisa é a gritaria, quase um SOS, incêndio do Joelma, 11 de Setembro ou sinistro urbano do gênero. Outra é a gemedeira gostosa, fungada sentida, fogo nas entranhas, calor na bacurinha, quase um decassílabo a cada descida, lirismo sem fôlego, asma do amor.

"
Xico Sá
Fonte:http://carapuceiro.zip.net/

Sacanagem ao pé do ouvido é muito mais excitante que o gemer pornográfico das atrizes, não acham?