sábado, abril 28, 2007

Esse barulinho...

Este post é, principalmente, para a leitura de almas femininas que por acidente ou mero acaso caiam neste blog somente habitado por machos. Esse texto deliciosamente safado e delicado ao mesmo tempo, escrito por Xico Sá, é uma dose-dupla-sem-gelo de poesia e tesão.
Ah que saudade desse barulinho que por ora me soa lindamente melancólico.
E o mancebo que nunca pode ouvi-lo, morra que é melhor!

OLHOS NÃO SE COMPRAM

Do cinema lindo & phoda de existir e de como uma mulher pode encantar nos detalhes de nós dois. Quando ela pede pra gente virar os olhos ou fechá-los bem fechados. Só enquanto troca a calcinha, vupt, o barulhinho do elástico, mesmo com toda intimidade desse mundo, às vezes intimidade de anos, vale, vale. Só enquanto troca o sutiã, biquíni, parte de cima, ajeita a parte de baixo, areia do doce balanço da beira dos mares, só enquanto tira uma toalha do banho, primeira viagem, só enquanto está lindamente menstruada e quer guardar-se, embora saiba que atravessamos com amor e gosto todo o seu mar vermelho e ainda mais mares aparecessem a cada mês. “Feche os olhos”, diz. “Vira o rosto”, safadeza-se, diva sob seguras telhas. Só para manter o suspense do cinesmascope debaixo do mesmo teto. “Pronto, pode olhar”. Ai ela ressurge mais linda ainda, cabelinhos molhados, com aqueles cremes todos da Lancôme ou com simples sabonetes Dove ou aqueles de nove em cada dez estrelas de Hollywood, Lux, deluxe, eu morro nesses lapsos de tempo, elipses do desejo, frações de segundo que são eternas de olhos fechados para quem meus olhos na terra, que há de comê-los inté os aros dos óculos e as safenas, mais abriram e justificaram seu brilho castanho mesmo em dias de torpor e existência de pára-brisas lusco-fusco.

Xico Sá

sexta-feira, abril 27, 2007

Divagações sobre um copo americano

Certa vez eu estava lá no Caldinho Ele & Ela, agora rebatizado como Confraria do Galo, no Conjunto Tocantins, aquecendo os motores para mais uma apresentação do meu clube do coração, o glorioso Sport Clube do Recife, quando pedi uma cerveja para suavizar o calor infernal que só conhece quem mora aqui nessa ilha chamada Manaus.

O calor fodia tudo, dessas tardes de sábado que tudo que a gente quer é uma piscina, cerveja gelada, churrasco, boa música e, eventualmente, uma presença feminina que adoce a vida. Como isso é querer demais pra quem não tem piscina e nem namorada, me restou pedir ao garçon uma Brahma estupidamente gelada. Porque por essas bandas de cá, a Skol já não é mais a mesma há algum tempo. Quanto a trilha sonora, essa era garantida pelo hino do sport e outras marchinhas e funks entoados pelos rubro-negros presentes.
Devo dizer que o garçon trouxe uma cerveja ao melhor estilo "véu de noiva", geladíssima e sem estar congelada. Mas trouxe também um copo pequeno, com a boca larga, daqueles de tomar uísque. Quando eu ira reclamar, ele já estava longe e fiquei sobrando. Enchi o copo meio a contragosto, eu fiquei olhando, meio desamparado. Tomei o primeiro gole e comecei a articular mentalmente a minha tese de doutorado sobre a importância do copo americano para humanidade. E fiquei, por uns bons minutos, sobre a importância daquele copinho miúdo, que cabe exatamente a quantidade de cerveja que o sujeito necessita naquele instante.
Já na segunda cerveja, pedi para trocar o copo. O garçon me trouxe uma dessas tulipas menores sem muita pompa (peba mesmo) e eu já me dei por satisfeito.
Digo isso porque quando o copo é safado mesmo, como os mais autênticos copos americanos, você pode sentir o gosto da cerveja como ela é. Diferentemente de copos chiques onde há maquiagens ou truques de marketing que podem influênciar(subliminarmente) a opinião do bebedor sobre o sabor da cerveja. Podem me trazer essas tulipas com emblemas pomposos, tamanhos diversos ou tipos de vidro de alta classe, mas não me interessa. Eu gosto mesmo é do copo americano. E me atrevo a lançar um quase-axioma: a cerveja é melhor quando é tomada em copos americanos!
Uma curiosidade: lá nas bandas do meu Pernambuco toma-se um "quartinho" de cana dos botecos mais pé-sujos aos restaurantes mais granfinos da capital. A qualidade da cana pode variar, mas a medida é certa: um quartinho é exatamente um copo americano cheio. Um quartinho tem exatamente 150ml de aguardente. É facil deduzir o porque de se chamar quartinho. Quartinho equivale a 1/4 de 600ml que o conteúdo dessas garrafas de cerveja. Sendo assim, quando se pedir uma cerveja e quatro copos, saiba que é preciso pedir imediatamente mais uma cerveja, pelo menos.
Mas..voltando ao assunto...depois de muitas divagacões, me flagrei numa dúvida existencial: por que o nome do copo americano é copo americano, se ele de americano não tem nada?
Aquele copinho poderia se chamar muito bem copo "brasileiro", "ameríndio"
ou ainda mesmo "latino-americano", o que me parece a melhor opção, que seria muito mais adequado. Pensando agora ele até tenha tido esse nome em sua origem e o uso da linguagem tenha jogado o latino fora. Sei lá. Eu até poderia ir lá no Google e fazer uma pesquisa sobre o assunto. Mas não. Esse é o tema que tem ser esclarecido exatamente onde ele começou: na mesa de um bar. Fica essa questão no ar, caros amigosdestelado. Coloquemos-na na pauta da próxima reunião.

Eis que uma era chega ao fim!


Pois é meus amigos e amigas desta confraria. Finalmente o dia que eu tanto temia finalmente chegou. Eis que agora esse amigo que vos fala é portador de um aparelho de comunicação móvel conhecido mundialmente por seu apelido: telefone celular! Acho que muitos de vocês estão pensando...pow, o Bobinho mudou, ele agora é uma pessoa diferente, pow o Bobinho num odiava celular??? Outros porém, estão pensando...beleza, vai ser mais fácil chamar ele pra encher a cara com a gente, porra...mais um pra ir pro pebol, massa, agora é fácil achar ele. E tem um que tá pensando assim...puta que o pariu, porque foram inventar essa porra, porque eu tenho que carregar esse treco e agora todo mundo me acha, será que vou perder minha privacidade, ah...mas se esse treco me encher muito o saco eu jogo ele na parede! Heheheheh esse claro sou eu.

Bom não usava celular antes por um único motivo, apesar de ter inventado milhões. EU NÃO QUERIA USAR CELULAR, PONTO FINAL! Mas agora tenho a necessidade uma vez que meu irmão se mudou e lá em casa as pessoas podem precisar de mim, numa emergência e tals. É isso, como eu sempre disse, no dia que a necessidade chegasse eu não hesitaria, e não hesitei. Agora sou mais um no mundo que também tem um celular.

Mandei um e-mail pro pessoal com o número e se alguém mais quiser saber meu número manda um e-mail pra mim ou tenta falar comigo como sempre fizeram até então ehehehehe.

Abraços meus amigos, obrigado pela força nesse momento importante de minha vida ;)

terça-feira, abril 24, 2007

Caetano Veloso em Manaus

Ae camaradas, a tempos não posto nada nesse blog. Portanto, para meio que matar a saudade de escrever, resolvi fazer um convite ao pessoal que gosta de boa música. Dia 5 de Maio vai ter show de Caetano Veloso em Manaus. Esse show é da turnê do disco Cê, o mais novo dele e se não me engano só tem músicas compostas por ele. Sobre a música de Caetano não tem o que discutir pois o cara é foda, mas eu encontrei uma motivação ótima pra ir pra esse show, o preço. Os organizadores estão aceitando a carteirinha do sinetran para pagar meia entrada. Os ingressos na pista custam 45 R$ inteira mas como paguei meia, saiu 22,50R$.

Vamo lá pessoal, comparecer ao show pra gente se divertir.

Abraços!

quarta-feira, abril 18, 2007

Carta aberta de um professor ao COB

Esta é uma carta aberta de um professor de educação física de escolas públicas do Rio de Janeiro ao Sr. Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador dos Jogos Panamericanos.

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2.007

Prezado Sr. Carlos A. Nuzman,

Nunca lhe tive apreço pessoal, como pessoa e como dirigente desportivo. Como pessoa, não lhe conheço. Portanto, são dessas antipatias gratuitas, que se tem por aqueles cuja figura publica, por várias razões, acabamos confundindo com a privada e, por isso, passamos a odiar ambas. Mas julgo-me no direito de não apreciar sua aparente vaidade desmedida. Seus trejeitos e tiques. Você parece não caber em si próprio, possuir uma vontade inenarrável de aparecer mais do que os atletas. Não se ama, mas se inveja a cada vez que se olha no espelho, demonstrando rigoroso desprezo por aqueles que estão à sua volta. Esta e a impressão pessoal que tenho de ti, mesmo sem conhecê-lo.
Quem sabe estou equivocado.Como dirigente esportivo e sendo eu um professor de educação física que tenta levar a causa do esporte aos cidadãos pobres do Rio, ai sim, tenho opinião formada sobre você, sobre a política que você adotou para os esportes olímpicos do Brasil.
Leia esta carta com humildade, que reflete a opinião, tenha certeza, não somente minha, mas de uma gama enorme de gente no Brasil, que discorda de maneira frontal de suas ações. Aceite-a como uma contribuição à sua jornada, se assim for capaz.
Desde que assumiu a direção do Comitê Olímpico Brasileiro, sua preocupação não foi outra que não transformar aquela entidade numa mera empresa organizadora de eventos desportivos, com o intuito de: (a) dar lucro; e (b) projetar a sua figura nacional e internacionalmente.Aquele que deveria ser o órgão brasileiro destinado a propor para o País uma política desportiva de base, estimulando jovens de todos os cantos da nacão a praticar esportes, interessou-se, simplesmente, em organizar mega eventos (ou tentar organizá-los).
Diga-me, Carlos A. Nuzman, o que foi que você fez para o esporte de base do Brasil desde que assumiu a presidência do COB? O que você fez para os mais necessitados?Colocou o nosso Rio de Janeiro em duas candidaturas olímpicas malogradas, fantasmagóricas (e ainda coordenou a mais malograda ainda Brasilia 2000), mesmo sabendo, de antemão, que as chances de vitória seriam nulas. Sem falar nos escândalos financeiros que envolveram tais candidaturas. Não teria sido mais útil ao nosso pobre Brasil se seus esforços tivessem sido concentrados para arrecadar essa dinheirama toda para ser gasta em campos de esporte em locais menos favorecidos de regiões distantes?Você sempre soube que as chances de Brasília e do Rio de Janeiro eram absolutamente nulas. E insistiu nelas, parece-me, com o intuito de autopromoção e de arrecadar grandes quantias, cujos balanços financeiros até hoje não estão concluídos, como bem noticia a imprensa e conforme se apura do Tribunal de Contas da União.
Assim como quer impingir ao Brasil, novamente, um novo escândalo que se chamará Rio 2.016? Use esse dinheiro para criar competições de base no Nordeste do Brasil, por exemplo, para jovens, que nunca praticaram esgrima, handebol, ginástica olímpica, remo, ou levantamento de peso. Promova e prestigie os esportes que o elegem e reelegem, indefinidamente. Não gaste esse dinheiro em hotéis, banquetes, presentes, mimos e salamaleques, ou viagens de primeira classe e hotéis de luxo com delegados do Comitê Olímpico Internacional. Se tivermos dinheiro para uma candidatura olímpica Rio 2.016, gaste, que seja, para melhorar as condições das instalações publicas das escolas publicas do Estado do Rio, se quiser limitar seus horizontes a sua terra natal.
Vejo os jornais e percebo que sua gestão é repleta de denúncias de irregularidades. Nunca vimos antes tamanhos descalabros. Sem qualquer pecha, você entrega o design das roupas da delegação olímpica a sua cunhada Mônica Conceição, dá a Chefia das Delegações Olímpicas e Panamericanas do Brasil ao seu Diretor e companheiro Marcos Vinicius Freire que, ao mesmo tempo, representa no Brasil a AON Seguros que é quem faz os seguros das seleções do seu Comitê. De quebra, esse mesmo Marcos Vinicius Freire e amigo e sócio do Alexandre Aciolly que, por sua vez, ganhou os direitos de comercialização dos bilhetes do Pan-americano. De quebra, também ganhou os direitos sobre as cerimônias de inauguração e encerramento da mesma competição. A agência de turismo que presta serviços ao COB é a da sua grande amiga Cristina Lowndes, em uma licitação ate hoje contestada e dirigida. A empresa contratada para idealizar (somente idealizar, e mais nada) as medalhas do Pan-americano ganhou o direito de fazê-lo através de uma mera carta convite, auferindo R$ 720.000,00 em um contrato de três anos. A filha de sua atual mulher é estagiaria de direito do COB e viajou a Suíça, as expensas da entidade, para "assessorar a defesa do Vanderlei Cordeiro de Lima", sem sequer estar formada, ou possuir inscrição na OAB/RJ.
Apesar de o decreto que regulamenta a lei Piva obrigá-lo a licitar todas a contratações de obras e serviços, por ser o COB um órgão que vive do dinheiro publico, absolutamente e licitado, a não ser a famosa contratação da Tamoyo Turismo, da sua amiga Cristina Lowndes, sobre a qual pairam acusações de licitação dirigida.
Eu não estou inventando nada disso. Tudo aqui é relatado na imprensa ao longo do tempo e concatenado no blog averdadedopan2007.blogspot.com , que é um verdadeiro documento histórico sobre aquilo que você e a rede Globo passaram a chamar de Pan do Brasil.
Antes, Sr. Nuzman, era o Pan do Rio, seu e do Prefeito Cesar Maia. Quando se viu que sem vultosas verbas federais a coisa não andaria, mudaram o slogan e, para justificá-las, a Globo criou a frase "O PAN DO BRASIL". Isto é, super pago com o dinheiro de todos os brasileiros.O senhor e rede Globo de televisão estão fazendo de tudo para mascarar a verdade do Pan.
Primeiramente, o Pan, em termos técnicos, não é que nos fazem parecer. Internacionalmente o Pan é considerada competição fraca. Não enganem o povo brasileiro, achando-os imaginar que somos uma potencia olímpica somente porque nos Jogos Pan-americanos ganharemos mais de cem medalhas, superando Honduras, El Salvador, Nicarágua, Bolívia, Ilhas Virgens, Paraguay, Bahamas, ou mesmo as equipes C dos EUA e Canada, ou Cuba que, devastada pela pobreza já não e mais a mesma. Desmistifiquem esses Jogos e sejam leais com o povo, explicando que a Universíade, os Jogos da Common Wealth, os Jogos Mediterrâneos, os Jogos do Pan Pacific, os Jogos Asiáticos, ou qualquer outro campeonato mundial de qualquer modalidade tem nível técnico muito superior aos dos Jogos Pan-americanos.
Se você e a Globo não explicarem isso direitinho, o povo brasileiro vai estranhar que, no ano que vem, em Pequim, o Pais continuará à mingua em medalhas na natação, na esgrima, no box, no atletismo, e ver o nosso handebol ficar em último, ou ante-penúltimo.Quantas medalhas a natação do Brasil ganhou neste recente mundial? Nenhuma, embora nossos bravos atletas tenham feito excelente papel.
O fato, Nuzman, é que estamos a anos luz de sermos uma potencia olímpica e os Jogos Pana-mericanos não podem mascarar essa verdade.Para vencer a candidatura do Texas na Odepa, o senhor faltou com a verdade junto aos delegados da Odepa. Apresentou-lhes um dossiê de candidatura absolutamente impossível de ser cumprido. Tanto é verdade que nada do que esta lá esta cumprido. E um dossiê megalômano. Não foram construídas uma só das obras prometidas no dossiê que você subscreveu e entregou a Odepa, tais como metrô, linhas de transporte, alargamento de avenidas, despoluição da Baia da Guanabara, para citar alguns exemplos. Não falo nem nos hospitais para atender atletas, dirigentes e turistas, que absolutamente não existem no nosso Rio de Janeiro.
Ademais, vocês estão usando o Pan para tirar do papel coisas que há muito tempo se pretendiam no Rio de Janeiro e não se fazia porque é ilegal, ou porque não e do interesse da Cidade. Cito alguns exemplos: a reforma da Marina da Glória não é um Projeto do Pan. É um projeto antigo que grupos privados já queriam efetivar ha muito tempo; construir um shopping na lagoa por conta da raia de remo. A mesma coisa do relatado acima; e entregar o Rio Centro para a iniciativa privada, também e um projeto antigo que interessa a grupos privados ha bastante tempo. Vocês estão usando o Pan como justificativa para acolher interesses desses grupos.
Ora, eu pergunto:- Para que reformar a Marina da Glória, que e tombada pelo IPHAN, se ela abriga um Pan-americano como está?- Para que construir um Shopping Center na Lagoa, para a raia de remo? Isso e necessário para o Pan?- Por que entregar a administração do Rio Centro para a iniciativa privada por conta do Pan? O que tem uma coisa a ver com a outra?
Esse Pan virou um grande balcão de negócios e eu me envergonho dele.Também vale comentar os elefantes brancos que você esta construindo. Lembro-me que no passado o seu mesmo COB já não quis construir obras faraônicas semelhantes por julgá-las elefantes brancos, por entender que faltaria dinheiro para mantê-lo. Mas você insistiu com eles.Indago, não seria melhor ter feito esse Pan-Americano investindo na infra-estrutura dos clubes, centro formador de atletas e, apos os jogos, isso ficaria como legado para eles? Não teria sido uma opção bem mais barata também?Para que servira o Engenhão depois? Talvez para a Copa do Mundo de 2.014. Mas a parte disso, de nada servira para o esporte olímpico do Brasil.O mesmo raciocínio aplica-se as obras do nosso autódromo de Jacarepaguá.
Ocorre que um Pan mais barato, mais consciente, não geraria tanta obra, tanta construção, tanto fluxo de capital, de super capital.O super faturamento nas obras é vergonhoso. Mostra falta de planejamento, de rigor e respeito com o dinheiro publico. Você vendeu algo que não poderia entregar. E encostou a faca no peito do Governo Federal como quem diz: Ou paguem a conta, ou vamos dar vexame no exterior. E pagaram a sua conta.
Outro dia circulou no e-mail uma reportagem feita por um repórter do grupo uol (cujas credenciais você corta em competições desportivas). Ele tentou visitar todas as obras do Pan-americano e locais de competição. Fez um relato nu e cru da situação. Tentou ir de táxi comum. Os motoristas do Rio sequer sabiam aonde eram muitos desses locais. Para acessá-los, teve de ir em peruas clandestinas, enfrentar matagais, pois não há, ainda, acesso aos locais de prova. Visitou a Vila Pan-americana e relatou o insuportável cheiro de esgoto que tem lá. Que atleta vai agüentar aquilo lá? Tudo isso há três meses dos jogos. E você e a globo mascaram tudo isso. Da mesma forma como a Globo e a Sportv não deram a briga de facções que se engalfinharam na apresentação dos voluntários que trabalharão na competição.
E você, senhor Nuzman, ainda quer fazer olimpíada no Brasil.O nosso atletismo esta falido. Não fosse a BM&F ele não existiria. O nosso basquete ainda sorri alguma esperança em razão na Nossa Liga de Basquetebol. Mas outros esportes como a esgrima, o handebol, o box, o beisebol, o remo, a canoagem, o levantamento de peso não recebem apoio algum do seu Comitê.
Não se sabe ao certo o que você faz com a lei piva. Sabe-se que grande parte dela fica no próprio COB, para suas festas, presentes e viagens, o que e incompreensível.
Para que o COB quer dinheiro? Deveria ser tudo repassado para as Confederações, principalmente as mais pobres.
Sr, Nuzman, medalhas não são importantes. O importante é ter gente pobre no Brasil, em massa, fazendo muito esporte, em larga escala. Quando isso acontecer, depois de muitos anos, surgirão, naturalmente, grandes atletas olímpicos. Mas isso e um trabalho de longuíssimo prazo. E ate lá Você já estará morto. Eu também, um velho professor. E eu não acho que você tenha essa grandeza de pensar assim.
Ganhar meia dúzia de medalhas em olimpíadas em esportes que sempre ganharam medalhas, ao longo dos anos, não representa absolutamente nada para o Brasil.O que eu realmente espero, passado o Pan-americano, e que o Ministério Publico e os Vereadores, bem como o povo dessa nossa querida Cidade se ocupem de investigá-lo. Eu amo o esporte e lamento ver o olimpismo ter se transformado em uma grande negociata. Assim, nunca iremos chegar a lugar algum.
Espero que nas Olimpíadas de Londres o senhor continue assim, vibrante, com cada vez mais trejeitos, tiques e tremeliques, torcendo muito pelos nossos bravos atletas. Mas confortavelmente sentado em sua poltrona em sua casa no Rio de Janeiro.

Fonte: http://averdadedopan.blogspot.com

quarta-feira, abril 11, 2007

Menina pastora louca

A que ponto que chega a lavagem cerebral dessa menina... mto foda.

"Eh meirmão... você sabe o que significa essas cinco predrinhas meirmão? Mas qual platéia tua fidelidade de crente meirmão? Deumarqu temqueter temque ser como Rouge"



Se quiserem ver mais, vejam o site oficial da menina (sim, é site oficial mesmo)

A vida conjugal em 64 passos

Tá em inglês, mas é bem tranquilo de entender...


quinta-feira, abril 05, 2007

Texto sobre a privatização das Tele

Editorial do Estadão, muito interessante para desmistificar algumas "verdades" que só são assim consideradas devido ao fato de repetirem incessantemente ("Uma mentira, contada muitas vezes, acaba se tornando uma verdade").


Os fatos desmentem o ministro Hélio Costa
“A Telebrás foi vendida a preço de banana” - proclamou o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao falar na quarta-feira na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicações da Câmara. Não dá para silenciar diante de uma declaração dessas. O que o ministro chama de “preço de banana” deve equivaler ao da produção de banana de toda a América Latina durante um século, pois foi de R$ 22,2 bilhões ou US$ 19 bilhões da época, com ágio superior a 63% sobre o preço mínimo.

Na verdade, a Telebrás foi vendida pelo preço mais elevado entre todas as grandes operadoras do setor privatizadas no mundo na década dos 1990, segundo avaliou na época a revista inglesa Privatisation, de Londres.

Ao longo da semana que passou, o ministro criticou duramente a qualidade das televisões estatais de três países e, em seguida, respondeu a um diplomata estrangeiro, que dele discordou. Depois, participou de tumultuada audiência na Câmara, em que fez a revelação de impacto sobre a venda da Telebrás por preço vil.

Façamos um brevíssimo retrospecto dos fatos relativos ao leilão da estatal das telecomunicações em julho de 1998. As ações da Telebrás estavam pulverizadas nas mãos do público e somente um terço delas (33,3% do capital) eram ações ordinárias, com direito a voto. Como o governo detinha pouco mais da metade daqueles 33,3%, era essa a fatia que estava à venda no leilão de privatização. Embora representasse apenas 19% do capital total da Telebrás, esse bloco de ações ordinárias significava o controle da Telebrás.

Poucas semanas após a privatização da Telebrás, viria a crise da Rússia, que afastou a maioria dos grandes investidores de leilões de privatização no mundo. E, para agravar ainda mais esse quadro, assistimos, menos de dois anos depois, ao rompimento da bolha da internet e das telecomunicações, com a desvalorização dramática de todos os ativos dessas duas áreas. Exemplo dessa desvalorização ocorreu quando a Embratel foi vendida pela MCI à Telmex, por um terço do preço pago na privatização.

Embratel
Ao mencionar de passagem a Embratel, Hélio Costa afirmou na audiência da Câmara que “ninguém previu que em uma emergência (para formar uma rede de TV, por exemplo) será necessário pedir autorização aos mexicanos”.

Talvez seja mera força de expressão essa acusação do ministro da eventual necessidade de “pedir autorização aos mexicanos”, pois qualquer pessoa ou empresa pode contratar serviços de transmissão de telecomunicações no Brasil, em contato direto com a Embratel. Mais do que isso: pode buscar as operadoras dos 40 satélites internacionais autorizados a prestar serviços sobre o território brasileiro. Ou ainda usar a alternativa de uma dúzia de troncos de microondas terrestres de longa distância operados por outras concessionárias nacionais.

O ministro também não reconhece os reais benefícios que a privatização trouxe para o desenvolvimento e modernização das telecomunicações no Brasil. No entanto, são números que não admitem contestação, pois, além dos R$ 22,2 bilhões pagos ao governo pelo controle da Telebrás, os novos grupos privados investiram nos últimos nove anos R$ 135 bilhões - algo como US$ 66 bilhões - na infra-estrutura de telefonia fixa e celular, redes sem fio, satélites, banda larga e longa distância nacional e internacional - ampliando o número de acessos telefônicos de 24 milhões para os 145 milhões atuais. Uma expansão de 500%.

Disparidade
Conforme declarou na audiência na Câmara, Hélio Costa se preocupa com a desproporção entre o faturamento total das empresas de telecomunicações e as de radiodifusão, da ordem de 10 para 1. Essa disparidade, no entanto, é a mesma na Europa, nos Estados Unidos e no Japão.

O ministro critica também o faturamento anual de R$ 100 bilhões das teles, gerado pela operação de 145 milhões de telefones hoje no Brasil. É bom lembrar que dessa receita total, R$ 40 bilhões são impostos, que saem diretamente de nosso bolso e vão para os governos estaduais e para o Tesouro Nacional. Melhor seria se ele buscasse nos defender desse assalto tributário, em que o Brasil é o campeão mundial, ao cobrar tantos impostos nesse montante de 40% sobre o valor de nossas contas telefônicas.

Uma lembrança oportuna seria ainda a do cenário em que vivíamos nos últimos dias da Telebrás, em 1998, quando a densidade de telefones fixos e celulares do País era de apenas 14 acessos por 100 habitantes, em lugar dos atuais 76%. Ou dos planos de expansão que, até 1997, nos cobravam R$ 1.117 por uma linha telefônica e ainda nos obrigavam a esperar dois anos ou mais pela instalação do aparelho. Ou pagar até 5 vezes mais no mercado paralelo. Hoje, uma linha telefônica pode ser instalada até de graça, no prazo máximo de uma semana, em todo o País.