segunda-feira, setembro 18, 2006

A 'Nova' de antigamente

Trecho de mais uma crônica de Xico sá:

' Houve um tempo que as revistas femininas eram bem menos atrevidas. Repare só nestas chamadas de capa das antigas, priscas eras:

"Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo." (Revista Claudia, 1962).


"A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho
fora de casa". (Jornal das Moças, 1965)

Tem mais, repare só que pérola:


"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas". (Jornal das Moças, 1959).

Nem o mais machista dos anúncios de cerva chegaria a tanto.
Mas, o pior vem ai:

"Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa." (Jornal das Moças, 1957).


Mais um mandamento de fé:

"Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas". (Jornal das Moças,1957).


E este aqui: "O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. ELE é quem decide - sempre!" (Revista Querida, 1953).


Agora, juro, vou encerrar, que assim já começou a virar galhofa, escárnio... Essa última chamada de capa é de chorar:


"Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite espere-o linda, cheirosa e dócil." (Jornal das Moças, 1958). '


Ja pensou? Pura prestação de utilidade pública este texto.

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